O tráfico internacional de drogas cresceu espetacularmente durante os anos 80, até atingir, atualmente, uma cifra anual superior a US$ 500 bilhões. Esta cifra supera os proventos do comércio internacional de petróleo; o narcotráfico é o segundo item do comércio mundial, só sendo superado pelo tráfico de armamento. Estes são índices objetivos da decomposição das relações de produção imperantes: o mercado mundial, expressão mais elevada da produção capitalista, está dominado, primeiro, por um comércio da destruição e, segundo, por um tráfico declaradamente ilegal.
Na base do fenômeno encontra-se a explosão do consumo e a popularização da droga, especialmente nos países capitalistas desenvolvidos, que é outro sintoma da decomposição. O tráfico de drogas foi sempre um negócio capitalista, por ser organizado como uma empresa, estimulada pelo lucro. Na medida em que a sua mercadoria é a autodestruição da pessoa, o consumo expressa a desmoralização de setores inteiros da sociedade. Os setores mais afetados são precisamente os mais golpeados pela falta de perspectivas: a juventude condenada ao desemprego crônico e à falta de esperanças e, no outro exemplo, os filhos das classes abastadas que sentem a decomposição social e moral. O primeiro episódio de consumo massivo de drogas aconteceu durante a mais impopular das guerras protagonizada pela "sociedade opulenta": a Guerra do Vietnã. Durante o período dos conflitos, 40% dos soldados norte-americanos consumiam heroína e 80% maconha. Apenas 8% deles continuaram a consumir drogas uma vez de volta, "em casa".
Para se ter uma idéia da pressão que o narcotráfico exerce sobre as economias dos países atrasados, um exemplo basta. Em 28 de setembro de 1989, foi feita em Los Angeles a maior apreensão de cocaína já realizada: 21,4 toneladas, cujo preço de venda ao público atingiria US$ 6 bilhões, uma cifra superior ao PNB de 100 (cem) Estados soberanos. A grande transformação das economias monoprodutoras em narcoprodutoras (e o grande salto do consumo nos EUA e na Europa) se produziu durante os anos 80, quando os preços das matérias-primas despencaram no mercado mundial: açúcar (-64%), café (-30%), algodão (-32%), trigo (-17%). A crise econômica mundial exerceu uma pressão formidável em favor da narco-reciclagem das economias agrárias, o que redundou num aumento excepcional da oferta de narcóticos nos países industriais e no mundo todo. Apenas nos últimos anos, o tráfico mundial cresceu 400%. As apreensões de carregamentos se multiplicaram por noventa nos últimos quinze anos, ainda assim afetando apenas entre 10 e 20% do comércio mundial.
Alerta: 24 novas drogas no mercado mundial.1. As autoridades sanitárias foram surpreendidas com o relatório conjunto apresentado pela polícia da União Européia (Europol) e pelo European Monitoring Centre for Drug Addiction (Emcdda).Divulgado hoje, o relatório fala em 24 novas drogas psicoativas, todas proibidas, ofertadas no mercado europeu no ano de 2009. Como essas novas drogas são comercializadas por internet, pode-se concluir que estão disponíveis também no mercado internacional e não apenas no europeu. Das 24 novas drogas encontradas, 22 são sintéticas, ou seja, produzidas em laboratório. A grande surpresa ficou por conta da recente versão do Spice, conhecido como uma mistura de ervas naturais e uma substância sintética derivada da cannabis. Na versão que surpreendeu foram encontrados nove (9) novos compostos de canabinóides. Estes derivados de quatro (4) grupos químicos diversos. Assim, chega-se a um sofisticadíssimo Spice, em termos químicos. Além dos sintéticos canabinóides, no mercado europeu foram detectados quatro (4) derivados das anfetaminas. As quatro novas substâncias, alerta o relatório, não derivam da “piperazina”. 2. O relatório adverte para o boom do ecstasy e de substâncias sintéticas à base de metanfepramona, pregabalin e etaqualone. 3. A Europol aponta, ainda, para uma particular facilidade na distribuição das drogas novas via web. Para disfarçar, as 24 mais recentes aparecem como sais de banho, adubo ou material químico para pesquisa. Na verdade são drogas psicoativas e ilegais. PANO RÁPIDO. Feita a comparação entre 2008 e 2009, a conclusão é de que quase dobrou o número de lançamento de drogas. Misturas novas são permanentemente testadas pela criminalidade organizada, antes de colocá-las no mercado. E a propaganda, pós-lançamento, é feita por um tipo de consumidor que faz uso recreativo, definido como aquele que sempre está em busca de um “novo barato”. Causas e Soluções para as Drogas A primeira questão que o governo precisa descobrir, para obter sucesso no combate ao uso e ao tráfico de drogas, é saber quem é causa e quem é conseqüência. A questão principal é: usa-se drogas porque elas estão à venda?... Ou vende-se drogas porque existe a procura?... Se o governo descobrir e concentrar os esforços diretamente sobre as causas, as conseqüências também cessarão. Analise o exemplo abaixo e talvez ele nos ajude a descobrir as respostas corretas: Imagine um jovem pobre, com pouca instrução, morador de favela, sem perspectivas de bom emprego e que eventualmente passe necessidades. Imagine outro jovem, porém rico, morador de bairro chique e que normalmente tem tudo o que deseja. Aconteceu de um deles se transformar em traficante e do outro se transformar em viciado. Considerando as características brasileiras, qual dos dois se tornou o traficante? |
Parece elementar que foi o jovem que mais precisava de dinheiro, o jovem pobre da favela. Parece compreensível também que o jovem rico tenha se inclinado por prazeres alucinantes, uma vez que já tinha de tudo e poderia estar enfadado dos prazeres comuns. A grande questão é saber quem induz a quem a se envolver com as drogas. Será que foi o jovem pobre, e de pouca educação que convenceu o jovem rico, ou será que foi o jovem rico e de muita educação que convenceu o jovem pobre?
A segunda questão é: Considerando a realidade brasileira, que tipo de influência um traficante de favela poderia exercer sobre famosas atrizes, cantores e personalidades artísticas em geral, levando-os ao vício e a dependência?... Seria, amostras grátis?... Quem realmente procura quem?...
No passado, os Estados Unidos deram grandes ensinos ao mundo (democracia, liberdade, missões cristãs, etc.), mas nesta questão de drogas pecaram gravemente. O jovem colombiano, responsabilizado por produzir, não tem capacidade de enfiar cocaína “nariz adentro” do jovem americano. Mas, o jovem americano, tem capacidade de comprar qualquer tipo de serviço do pobre colombiano. As autoridades americanas sabem disso muito bem e não podem se fazer de ingênuas.
Na época da guerra fria, entre a liberdade propagandeada pelos Estados Unidos e o comunismo propagandeado pela União Soviética, era compreensível que as autoridades americanas, querendo preservar a boa imagem da liberdade diante do mundo, tenham colocado toda a culpa das drogas nas costas dos que as comercializavam, considerando os jovens que consumiam como simples vítimas. Agiram assim porque não queriam dar motivos para a antiga União Soviética criticar a liberdade e usar este problema, como pretexto, para fazer propaganda do comunismo ateísta. Praticamente o mundo inteiro seguiu aos Estados Unidos nessa definição de que o traficante seria o único culpado. A partir dessa ocasião boa parte do mundo tem crucificado pessoas que necessitam de dinheiro para sobreviver, e absolvido pessoas que também, contrariando a lei, se envolvem em prazeres alucinantes apenas para se divertir e se ocupar.
Se a dependência química é uma necessidade incontrolável e, por isso, merece compreensão, então o que merece a dependência de alimento dos favelados?
É verdade que um viciado sem drogas sente dores, mas um faminto sem alimentos sente a morte. A qual dos dois devemos compreender por se envolver com drogas?... Ao que vende para alimentar a si e sua família, ou ao que consome, irresponsavelmente, para deliciar a si mesmo?
É importante lembrarmos que a população pobre da favela não dispõe de muitas alternativas para se sustentar. Na realidade, a grande maioria tem que se sujeitar aos míseros trabalhos, lícitos ou ilícitos, que a população de posses lhes oferece ou lhes encomenda.
Portanto, precisamos combater o problema das drogas sem tratar os consumidores adultos como “coitadinhos”. Eventualmente eles podem ser vítimas, mas, na maioria das vezes eles são a causa da existência e do comércio de drogas. Se eles não consumissem, pagando altos preços, não existiria droga nenhuma sendo fabricada ou comercializada. (Até mesmo os grandes traficantes são conseqüência e não causa). Por isso, temos que estabelecer adequada punição para todos (para quem vende e para quem compra). Assim, seremos bem-sucedidos neste combate e reduziremos causas e conseqüências. Ser tolerante com os drogados pode até ser importante para sua recuperação pessoal. Entretanto, discipliná-los adequadamente é muito mais importante para toda a sociedade.
Em função da dificuldade prática, de se saber quem é traficante e quem é consumidor, temos que formular uma punição compatível com a desobediência de ambos. Tal punição deve ser a mesma para consumidor e traficante e não deve conter exageros nem benevolências. A sugestão do autor é punir a todos com 90 dias de prisão mais multa de 40 vezes o valor da droga que o infrator estivesse portando, (duplicando a pena a cada nova reincidência). Isso seria mais justo e mais eficiente que as penalidades atuais. Além disso, amenizaria o descontentamento dos favelados e solucionaria, de fato, o problema das drogas trazendo paz à sociedade.
Quem precisa de tratamento drogas?
É importante dizer que apenas pessoas com uma real dependencia quimica devem procurar um tratamento adequado. Consumidores ocasionais e experimentais não precisam de um tratamento específico, pois ainda controlam a vontade de se drogar.Se entende dependente químico, pessoas que fazem uso regular e constante de qualquer tipo de substância química, ilegal ou não. Dentre as mais comumente usadas estão o álcool, o fumo, a maconha e a cocaína. Além do crack, anfetamina, heroína, ecstasy etc…
Um fator decisivo para que uma pessoa consiga se recuperar da dependencia quimica é o fato dela estar de acordo com o tratamento. Se o dependente não concorda que precisa de ajuda, ou não quer largar as drogas, não adianta levá-lo em uma clínica, pois assim que ele sair, provavelmente vai usar de novo, e em muitos casos, em quantidades ainda maiores!
Quais os tipos de tratamento drogas existentes?
Existem diversos tipo e diversas correntes de tratamento para recuperação de dependentes químicos, entre elas tratamento médico; grupos de auto-ajuda (do tipo Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos); terapias cognitivas e comportamentos; comunidades terapêuticas; psicoterapias; etc…Nenhum método pode haver cem por cento de eficácia com todos os tipos de dependencia e dependentes. Cada um se adapta melhor em um tipo de metodologia. Normalmente, usuários de drogas leves, como o álcool e a maconha por exemplo, conseguem se recuperar em tratamentos terapêuticos e em grupos de auto-ajuda, pelo fato que sua dependencia é psicológica e não física.
Entretanto deve-se destacar que as abordagens medicopsicológicas (que associam ao mesmo tempo os recursos da medicina e da psicologia) têm se mostrado mais eficazes na maior parte dos casos.
Um tratamento que vem sendo bastante utilizado hoje em dia é aquele em que se utiliza de ex-dependentes como terapeuta, pois claramente quem já passou pelo mesmo problema, sabe das dificuldades de quem o possui.
Por que fazer um tratamento drogas?
Dependendo do nível de dependencia química, dificilmente o usuário conseguirá abandonar o vício sozinho. Isso de deve a diversos fatores, tanto psicológicos quanto sociais.Num tratamento drogas adequado, não só será focado os motivos que o levaram à se tornar um dependente, como os motivos pelos quais se deve parar de usar. Hoje sabe-se que muitos jovens iniciam a se drogar por motivos sociais (para se manter em um grupo de amigos, ou porque têm muitos problemas com a família) ou por razões de ordem psicológicas (depressão, transtorno de ansiedade e obsessivo-compulsivo, distúrbios de personalidade e, mais raramente, alguns tipos de psicoses. Recentemente foi descoberto também que pessoas que apresentam transtornos neurocognitivos, ou dificuldade de aprendizado, são mais propensas ao uso de drogas.
Por isso um tratamento drogas é necessário. Pois na maioria dos casos, o uso de drogas é uma resposta a um problema anterior, e esse claramente, também deve ser tratado. Somente com a ajuda de profissionais capacitados, poderá se encontrar os pontos vitais de tratamento para cada dependente químico.
É realmente necessária a internação?
Na grande maioria dos casos, a internação não é necessária. Usuários de drogas leves, com uma boa relação familiar e boas condições de vida, geralmente não precisam de internação. Dessa forma, além do acompanhamento dos profissionais, o dependente pode contar também com a ajuda e o apoio de familiares e amigos. Em outros casos, onde o usuário faz uso de drogas mais pesadas, e não haja um suporte familiar, é aconselhável a internação em uma clínica especializada para um tratamento drogas mais intensivo.Vale sempre lembrar que o dependente deve estar de acordo com a internação e deve sentir a necessidade de parar de usar, caso contrário, a internação pode gerar revolta e fazer com que o dependente use ainda mais quando sair.